quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

O último dia.

Tem uma música do Moska que diz...
"...o que você faria se só lhe restasse esse dia?"

E algumas vezes eu me pego pensando no que eu (talvez) fizesse se fosse o meu último dia.
Talvez eu saísse correndo.
- Mãe, tô fugindo de casa!
E tchau!
Subisse na bicicleta e fosse pedalando, pedalando, pedalando... sem rumo.
Sem a menor vontade de voltar.
E quando resolvesse parar, seria numa praia linda com um mar azul olhando pra mim... eu me sentasse na areia e ficasse a contemplar o céu, o sol e aquele mar... e, talvez, depois surgissem estrelas e uma linda Lua.
E se começasse a chover, eu deitaria na areia atééééé...

Ou então, eu entraria no carro (do meu Amor, com ele de motorista, claro) e sairia viajando sem ter pra onde ir.
Conheceria praias e montanhas.
Viveria em um dia o que não se vive em uma vida inteira!

Ou quem sabe fosse pra uma roda de samba e me acabasse até o sol nascer.

A vida é cheia de "últimos dias".
Hoje não deixa de ser um "último dia"...
Último dia do ano. Do mês. De mais um ciclo.
Que começou, voou e sem se perceber, já terminou.
E o que nos resta é esperar.
E ter esperança de que o próximo ciclo vai ser melhor.
Vai trazer novas experiências.
Vai trazer novas oportunidades.
Vai trazer novos amigos.
Vai trazer novos contatos.
Vai trazer novas sensações.
Vai trazer uma graninha a mais pra facilitar o ciclo seguinte... XD

E vamos seguindo.
Terminando e (re)começando ciclos vida afora.
Porque vai chegar um dia... um "último dia" que vai, realmente, ser o último.
E aí não vai dar mais tempo de aproveitar nem de viver o que se deixou passar.
Então aquele super clichê "viva cada segundo como se fosse o último" não parece, mas é bem real.
Porque vai que é o seu último dia e você não sabe?

Então bons novos ciclos.
Para todos nós.
Que sejam bons, novos e inesquecíveis!

(Detalhe: O último dia, Moska)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Chuva de verão.

E as águas vieram...
E lavaram os olhos.
E lavaram os corpos.
E lavaram as almas.

E levaram as dores.
Levaram os rancores.
Levaram os ardores.

E deixaram limpos os amores.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O retorno (em partes).

Ela jurara não mais chorar por ele. Nunca mais.
Se enganara...
E aquela não seria a última vez. Ela sentia que não.
Chorava, agora, de raiva.
E pensava em outro juramento.
Aquele que jurava jamais imaginar.
Ela tinha medo.
Mas pensava em jurar vingança.
Até que ouviu a voz doce de Marisa Monte quase sussurrar no rádio "deixa o amanhã dizer...".
E ela se lembrou de um certo sorriso...
Pior que vingança, ao som de Kid Abelha, ela decide jurar indiferença.
Nas palavras de um velho conhecido...

"Senti uma angústia grande, um nó na garganta, e não pude mais, chorei de uma vez."
(p.101)
"Se eu pudesse contar as lágrimas que chorei, somaria mais que todas as vertidas desde Adão e Eva. Há nisto alguma exageração; mas é bom ser enfático, uma ou outra vez, para compensar este escrúpulo de exatidão que me aflige"
(p. 78)
"Na manhã seguinte não estava melhor, estava diferente. A minha dor agora complicava-se do receio de haver ido além do que convinha, deixando de examinar o negócio."
(p.109)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Dezembros.

E pensar que o tão aguardado dezembro chegou.
Sem ares de fim de ano, de "boas festas", de novidades.
Sem mesmo aqueles velhos ares de fim. Nem de recomeço.
Chegou pálido. Escondido. Encolhido. Anuviado. Acanhaaado.
Chegou como quem não tinha pressa de chegar.
Se vai sem perceber, sem querer, sem vontade de passar.
Trouxe muito papai noel de saco cheio desse ano que passou. E de saco vazio de esperança no ano que vai chegar.
Será que vai mudar?
O que veio de novo com ele, já parece antigo.
Estranha acomodação.
O que veio de velho já lavou os olhos, mas ainda não lavou as almas.
O que mais virá?
"Será que a sorte virá?"
"Será que a noite virá?"
Será que ela virá?
Será?

Marvin.

aqui peço desculpas pelo meu egoísmo.
pela minha insegurança.
pela minha fraqueza.
pela minha falha em não saber tomar uma posição.
falha, aliás, que me persegue desde o começo dessa história. e que eu sempre destaquei...
mas você tem a mesma mania que eu tenho de querer carregar o mundo nas costas e pensar que a culpa é sua e de mais ninguém.
talvez eu esteja errada, talvez seja você.
mas quem vai parar pra apontar pro outro e dizer "sai daqui, você tá errado."
nenhum dos dois vai fazer isso.
nenhum dos dois sabe fazer isso...

infeliz idéia que eu tive de escrever "aquilo tudo".
quem sabe se é assim que vai ser ou não?
quem sou eu pra achar que sei como vai ser a minha vida daqui a um segundo... que dirá daqui a um futuro tão distante?
prepotência demais de ser humano...
mania de querer ser Deus.
só quem sabe é Ele. eu não tenho que me meter.
posso imaginar... só isso.
mas quem garante?

"as coisas acontecem porque têm que acontecer".
se for pra acontecer, vai acontecer e pronto. o que quer que seja. a hora que for. só Deus sabe a hora certa. e Ele tem sempre razão no que faz.

então vai... se é o que você quer/precisa/deseja... vai, corre atrás de mudar tudo. todo o rumo da sua história. você tem mil caminhos pra seguir, sempre em frente. e tem o meu apoio. mesmo que à distância, só torcendo/rezando por você. saiba que pode/deve/vai contar comigo pro resto da vida!
você é uma pessoa muito importante pra mim e eu vou me lembrar de você sempre! com carinho. com saudade. com alegria. com admiração.

tudo tem sempre três vertentes. três lados. três saídas. mas a terceira você não vê. talvez por não querer. talvez por... sei lá. por não ter que ver, mesmo.

"sem desistir, nem tentar... agora".
a gente não sabe como vai ser no futuro...
a gente não sabe. não faz idéia. nem tem como saber.
mas pra que saber?

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Descrição.

A porta parece daquelas salas de detetives de filme antigo. A ante-sala também. Chão xadrez de quadrados largos em preto e branco. Uma luz fraca (daquelas que dão sono), um ventilador barulhento no teto baixo. Algumas cadeiras desconfortáveis. E escuras. Quadros de madeira escura e um espelho com uma imagem estampada em preto e cinza completam o ar sombrio da sala.
À mesa que fica de frente para a porta, uma figura tão sombria quanto o ar carregado da sala. Uma triste (e entristecedora) secretária se esconde entre pesadas agendas de marcação cheias de papéis soltos e um trambolho enorme, o aparelho mais moderno do ambiente: um fax.
Do outro lado da porta de madeira, tal qual naqueles filmes, se encontra a sala de tortura. De onde ela surge, vestida com um avental branco que tem seu nome bordado em cor-de-rosa-pálido no bolso. O cabelo liso armado. E um sorriso nitidamente forçado. Chama meu nome.
Respiro fundo. Me levanto. E entro.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

.sem título.

Palavras avulsas.
Corretas.
Mas usadas a esmo.
Cospidas.
Assuntos avulsos.
Trocados.
É da novela?
Não... do futebol.
E do noticiário.
"Você viiiiiiu??"
Elas também falam!
Não o que sabem.
Pelo contrário.
O que imaginam saber.
Sempre falam.
Quase nunca sobre o que sabem.
Mas sempre sobre o que acham que sabem dizer.
E eu?
Finjo que escuto.
Mas sempre ignoro...


=)

Convite de aniversário.

Mas eu nem te conheço.
Ah, então finge que conhece... festa é sempre festa.
É... festa é sempre festa!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Celeste.

O Céu se reflete nela.
Chora quando ela não consegue.
Se abre para vê-la sorrir.
O Céu se reflete naquela menina.
E tem andado como ela... chorando em vez de sorrir.
Sorrindo para não chorar.

Celeste.
Menina que brinca de morar nas Nuvens.
Que faz Arco-Irís na sombra da Chuva no Sol.
Que se ilumina pelo brilho das Estrelas.
Que se perfuma com o aroma das Flores.
Que se penteia pela vontade do Vento.
E se veste de Brisa do Mar.

Celeste.
Que inspira o Céu.
Que acende o Sol.
Que ilumina a Lua.
Que faz soprar o Vento.
Que faz brilhar as Estrelas.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Devaneios.

Sentada. Deitado. Viajantes.
Próximos. Distantes. Delirantes.
Devaneios. Anseios. Esperanças.
Imaginações.
Divergências. Discordâncias. Meios - sorrisos.
Silêncio...Verdades. Costatações. Declarações.
Devaneios?
Ah... pensamentos! Idéias.
Aliás, impressões.
Poucas palavras só pra não ser indiferente. Palavras...
Devaneios?
Deitada. Deitado. Viajantes.
Distantes. Próximos. Delirantes.
Impressões. Concordâncias. Declarações.
Surpresas.
Meros devaneios?