segunda-feira, 25 de julho de 2011

Word hunter.

Havia muito as palavras não me fugiam por tanto tempo.
Volta e meia elas se perdem numa deliciosa brincadeira de esconder. Mas às vezes parecem esquecer a hora de voltar.

***

Não muito tempo faz desde a última vez em que me vi escrevendo. Sobre mim, sobre você, sobre uma outra vida qualquer ou sobre aquela história que nunca existiu (mas se tivesse existido, seria exatamente daquela maneira, sem tirar nem pôr). E muito menos tempo ainda faz desde que a última ideia de rabisco perpassou a minha mente. Mas essa vida anda tão corrida...
E as palavras minhas, que antes escorriam à primeira vista de uma caneta e papel, parecem viver numa eterna corrida, fugindo da prisão que lhes parece serem escritas.
E essa vida anda tão corrida que me destrói as esperanças, a cada dia, de escrever um pouco mais sem compromisso. É tanta obrigação, tanto texto ensaiado e decorado que já nasce pronto, que as palavras se escondem, com medo de não ter mais a liberdade de outrora. Tolinhas. Mal sabem elas a falta que me andam fazendo.
Mas um dia eu as pego de surpresa. Ah, se pego!