Volta e meia elas se perdem numa deliciosa brincadeira de esconder. Mas às vezes parecem esquecer a hora de voltar.
***
E as palavras minhas, que antes escorriam à primeira vista de uma caneta e papel, parecem viver numa eterna corrida, fugindo da prisão que lhes parece serem escritas.
E essa vida anda tão corrida que me destrói as esperanças, a cada dia, de escrever um pouco mais sem compromisso. É tanta obrigação, tanto texto ensaiado e decorado que já nasce pronto, que as palavras se escondem, com medo de não ter mais a liberdade de outrora. Tolinhas. Mal sabem elas a falta que me andam fazendo.
Mas um dia eu as pego de surpresa. Ah, se pego!