terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Desespero.

Sim, é desesperador.
Esse marasmo. Esse cansaço. Esse calor!
Essa falta de vontade que me prende, que me invade.
Que me priva de sentir a liberdade que eu quis.
Quis. Busquei. Procurei. Encontrei.
Mas não me satisfez.
Decepção.
Mais uma vez, me aperta o coração.
Me assusta a impotência. A indiferença. A invalidez.
A insensatez que me desfez.
A insanidade que me inunda.
O desespero que abunda dentro de mim.
Loucura!
Quem iria imaginar que, um dia, eu pensaria em voltar?
Não eu. Não para aquele lugar!
Comodismo? Costume? Acomodação?
Não!
Mas pelo menos lá não havia ilusão. Nem frustração.
Perdi o encanto. Nem o tive, na verdade. Não deu tempo.
Imaginei mais do que jamais poderia ter.
Perdi tempo sonhando.
Tempo que deveria gastar trabalhando pra melhorar o sentimento.
Pra não viver outro tormento.
Pra transformar todo lamento em realização.
Em participação.
Em garra.
Em vontade.
Em emoção.
Perdi tempo levando à frente o coração.
Como sempre, perdi a oportunidade de me surpreender.
Esperei demais.
Desejei demais.
Sonhei demais.
Quis mais do que sabia que ia ter.
Decepção.
Desilusão.
Desepero.
Hoje, só me permito disfarçar.
Porque sei que ainda vou conseguir consquistar o meu lugar.
Vou alcançar a felicidade plena.
Porque se engana quem pensa que eu vou ser sempre pequena.