Ele nunca lera o Pequeno Príncipe.
E sempre achava que a aborrecia quando resolvia ficar 'remoendo pequenos problemas' perto dela.
Bobinho... mal sabia ele que ela adorava ouvi-lo. Sentir-se útil a alguém.
Ele a fazia sentir isso como ninguém no mundo.
Ouvi-lo, em qualquer circunstância, a fazia bem.
Mesmo que ela não soubesse o que dizer, sabia que, para ele, bastava ela estar ouvindo.
E ela ouvia.
E quando sabia o que dizer, dizia.
Nem sempre era o melhor a se dizer, mas ela dizia.
Porque, em algum momento, aquilo surtiria efeito.
E ele percebia o quanto ela se importava.
E ela entendia o quanto ele confiava.
E eles acreditavam.
Em alguma coisa. Em coisas diferentes. Mas cada um acreditava.
Nenhum dos dois deixava de acreditar.
Ele, nela. Ela, n'Ele.
E seguiam acreditando juntos pelo mesmo propósito.
Porque ele tinha um amor declarado, explícito, escancarado... Que o estava fazendo sofrer.
E era um amor que ela aprendera a partilhar e a sentir também.
Não era amor um pelo outro, era amor por outro alguém.
Por um alguém nobre, de coração puro e alma cristalina.
Alguém de aura clara e olhos de fantasia.
Por um alguém pequeno.
Mais forte que todos.
Mais corajoso.
Mais veloz.
E Real.
Sua realeza era surreal.
Esse alguém era um Príncipe.
Um Príncipe Pequenino.
M.
Há uma semana
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