Ponta da mesa. Motivo do calor que esquenta o sangue e o faz subir. Coração acelera. Respira fundo pra acalmar. Esquece. Ignora. Abstrai. Olha pro lado e conversa pra não pensar. Vê, mas finge que não. Olha de lado pra não levantar suspeita. Ergue a sobrancelha. Se irrita. Profundamente. Mas finge que não. É superior. Não precisa disso. Os que sabem, em volta, se agitam. Provocam. Perturbam. Irritam. Mas ela não se deixa levar. O sangue sobe, o rosto cora. E, por dentro, ela chora de tanto gargalhar. Pra completar, o confronto. O encontro. O evitável que não se pôde evitar. Disfarce. Fingimento claro. Quase cinismo. Sangue frio. E ela sorri para não deixar claro para a outra o que está fixo em seu olhar. Ela disfarça e consegue. Sabe que todos em volta percebem, mas não se deixa abalar. Ela é superior e não precisa de provas. Ela se conhece. Se garante. E, lá no fundo, se diverte com a única implicância de toda a vida. Ciúme? Talvez... chame como quiser.
Ninguém no mundo além dela pode entender o que é.
Um comentário:
Minha telepática é cheia dos dotes artisticos!! Linda... eu vi esse surgir, certo?
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