Numa noite iluminada pela Lua, saindo do Cabaré, o Poeta se viu num lugar pelo qual não costumava passar, cercado de pessoas que não costumava encontrar e que ele não conhecia. Eram os Ciganos, estrangeiros que pediam asilo a qualquer vila que os acolhesse. E a cidade do Poeta os havia recebido, de olhos fechados e portas entreabertas.
Detido pelos Ciganos sob acusação de invadir um território que não lhe cabia, o Poeta não teve oportunidade de se justificar. Os estrangeiros não o conheciam, logo não se sentiam culpados de privar as ruas da cidade da poesia apaixonada daquele eterno amante da Lua.
Acordou um tempo depois, ainda desnorteado, e não estava sozinho, porém os olhos que o observavam eram mais doces que os que os aprisionaram. Os olhos verde esmeralda da Cigana tinham um misto de compaixão e carinho ao admirar o Poeta deitado em seu colo, semi desperto, de peito nu e longos cabelos cobrindo o rosto.
Mais uma vez, seus caminhos se cruzavam e o Poeta se via nos braços daquela que lera sua mão e tocara seu coração.
M.
Há 2 semanas
Um comentário:
de onde saiu isso?
me surpriendeu de forma muito positiva
=)
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