domingo, 18 de julho de 2010

O sonho

Caminhava como quem vai a uma festa. Nem tão arrumada, nem tão desleixada. Apenas ela, indo a uma festa. Escolhera muito bem as roupas que usaria num dia como aquele. E apesar da chuva, não sentia frio com as pernas à mostra num short branco e as costas semi à mostra numa blusa preta.
Ele a vira passar em frente ao bar em que estava com os amigos, quando ainda ia para casa. Com um jeans e uma camiseta que não escondiam sua beleza, mas não a destacavam tanto assim. Ela ainda era apenas ela voltando de um dia cheio de coisas para resolver.
Ele parou com o copo a caminho da boca, que se abria conforme ela passava, e a acompanhou com o olhar. Os amigos brincavam e riam dele. Mas ele só queria acompanhar aquela menina tão bonita que passara por ali. Queria ir atrás dela. Mas não foi. A conta do bar chegou e ele voltou à realidade. Pagou a sua parte e, ainda pensando naquela menina de rabo-de-cavalo, foi para casa se arrumar. Era dia de festa da cidade e marcara de reencontrar os amigos dali a uma hora para irem juntos.
Ela, já em casa e enrolada na toalha depois de um banho relaxante, escolhia as roupas que usaria. Ia encontrar as amigas, pois iriam juntas para a festa da cidade. Depois de um dia tão cheio, tudo o que ela precisava era de uma boa dose de diversão com as amigas.
Uma hora depois, ele esperava os amigos no local marcado de se encontrarem. Antes que os dois últimos chegassem, ela passou por eles. Dessa vez, todos olharam e não se contiveram em pensar, mas verbalizaram o que viam. Assobiavam e mexiam com a moça que parecia não ouvir. Ele, que continuava pensando nela como vira mais cedo, pareceu não acreditar no que seus olhos viam. Ela conseguia ficar ainda mais bonita. E parecia hipnotizado pelo movimento dos quadris dela.
Os amigos perceberam e aumentaram as brincadeiras e risadas às custas do jeito como ele olhara pra ela mais uma vez.
Tendo chegado os dois amigos atrasados, seguiram para a festa debaixo de gozações. Os atrasados, chamados de noivos por demorarem para se arrumar. Ele, taxado de apaixonado pela moça que passara.
Ela encontrou as amigas e comentou do grupo de rapazes que mexeram com ela minutos antes. Elas riram e concordaram que os homens sempre agem da mesma forma. O que ela não sabia é que cruzariam mais uma vez o caminho deles.
[continua]

Um comentário:

Luka disse...

Adoro cidades pequenas e seus mundinhos rs

quando sai a continuação?