Éramos dois adolescentes, vivíamos em um mundo colorido de conto-de-fada. Tínhamos um ao outro e não precisávamos de mais nada. E aí veio a realidade.
Vivíamos em contextos diferentes. Eu terminando o colégio e você já começando a faculdade. E aí veio a distância. Mas, até então, nada que um telefonema ou uma mensagem de texto vez ou outra não resolvessem. Até uma carta eu me lembro de ter escrito e mandado, à moda antiga, pelo correio, pra sua casa. E aí vieram as responsabilidades.
E, aos poucos, fomos perdendo o pouco contato que tivemos. E começamos a fazer outros planos, ver o mundo de outra maneira e seguir caminhos completamente diferentes do que imaginamos. E aí vieram as dúvidas.
Mesmo à distância, e já sem contato, duvidamos que conseguiríamos. E aí veio a fraqueza.
E, de fato, desistimos. E fizemos outros planos. E nos esquecemos um do outro. E aí veio a saudade.
Muito tempo depois, por obra do acaso ou do divino, tivemos oportunidade de trocar meia dúzia de palavras. E até hoje me lembro da carta que você nunca respondeu, apesar de tantas promessas... E aí veio a lembrança.
E toda vez que ouço aquela música ou vou àquele lugar, é de você que eu me lembro. E é assim que tem que ser até que venham as próximas sensações.
Em algum lugar do meu coração você ainda é o mesmo.
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