sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O retorno (em partes).

Ela jurara não mais chorar por ele. Nunca mais.
Se enganara...
E aquela não seria a última vez. Ela sentia que não.
Chorava, agora, de raiva.
E pensava em outro juramento.
Aquele que jurava jamais imaginar.
Ela tinha medo.
Mas pensava em jurar vingança.
Até que ouviu a voz doce de Marisa Monte quase sussurrar no rádio "deixa o amanhã dizer...".
E ela se lembrou de um certo sorriso...
Pior que vingança, ao som de Kid Abelha, ela decide jurar indiferença.
Nas palavras de um velho conhecido...

"Senti uma angústia grande, um nó na garganta, e não pude mais, chorei de uma vez."
(p.101)
"Se eu pudesse contar as lágrimas que chorei, somaria mais que todas as vertidas desde Adão e Eva. Há nisto alguma exageração; mas é bom ser enfático, uma ou outra vez, para compensar este escrúpulo de exatidão que me aflige"
(p. 78)
"Na manhã seguinte não estava melhor, estava diferente. A minha dor agora complicava-se do receio de haver ido além do que convinha, deixando de examinar o negócio."
(p.109)