quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

O último dia.

Tem uma música do Moska que diz...
"...o que você faria se só lhe restasse esse dia?"

E algumas vezes eu me pego pensando no que eu (talvez) fizesse se fosse o meu último dia.
Talvez eu saísse correndo.
- Mãe, tô fugindo de casa!
E tchau!
Subisse na bicicleta e fosse pedalando, pedalando, pedalando... sem rumo.
Sem a menor vontade de voltar.
E quando resolvesse parar, seria numa praia linda com um mar azul olhando pra mim... eu me sentasse na areia e ficasse a contemplar o céu, o sol e aquele mar... e, talvez, depois surgissem estrelas e uma linda Lua.
E se começasse a chover, eu deitaria na areia atééééé...

Ou então, eu entraria no carro (do meu Amor, com ele de motorista, claro) e sairia viajando sem ter pra onde ir.
Conheceria praias e montanhas.
Viveria em um dia o que não se vive em uma vida inteira!

Ou quem sabe fosse pra uma roda de samba e me acabasse até o sol nascer.

A vida é cheia de "últimos dias".
Hoje não deixa de ser um "último dia"...
Último dia do ano. Do mês. De mais um ciclo.
Que começou, voou e sem se perceber, já terminou.
E o que nos resta é esperar.
E ter esperança de que o próximo ciclo vai ser melhor.
Vai trazer novas experiências.
Vai trazer novas oportunidades.
Vai trazer novos amigos.
Vai trazer novos contatos.
Vai trazer novas sensações.
Vai trazer uma graninha a mais pra facilitar o ciclo seguinte... XD

E vamos seguindo.
Terminando e (re)começando ciclos vida afora.
Porque vai chegar um dia... um "último dia" que vai, realmente, ser o último.
E aí não vai dar mais tempo de aproveitar nem de viver o que se deixou passar.
Então aquele super clichê "viva cada segundo como se fosse o último" não parece, mas é bem real.
Porque vai que é o seu último dia e você não sabe?

Então bons novos ciclos.
Para todos nós.
Que sejam bons, novos e inesquecíveis!

(Detalhe: O último dia, Moska)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Chuva de verão.

E as águas vieram...
E lavaram os olhos.
E lavaram os corpos.
E lavaram as almas.

E levaram as dores.
Levaram os rancores.
Levaram os ardores.

E deixaram limpos os amores.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O retorno (em partes).

Ela jurara não mais chorar por ele. Nunca mais.
Se enganara...
E aquela não seria a última vez. Ela sentia que não.
Chorava, agora, de raiva.
E pensava em outro juramento.
Aquele que jurava jamais imaginar.
Ela tinha medo.
Mas pensava em jurar vingança.
Até que ouviu a voz doce de Marisa Monte quase sussurrar no rádio "deixa o amanhã dizer...".
E ela se lembrou de um certo sorriso...
Pior que vingança, ao som de Kid Abelha, ela decide jurar indiferença.
Nas palavras de um velho conhecido...

"Senti uma angústia grande, um nó na garganta, e não pude mais, chorei de uma vez."
(p.101)
"Se eu pudesse contar as lágrimas que chorei, somaria mais que todas as vertidas desde Adão e Eva. Há nisto alguma exageração; mas é bom ser enfático, uma ou outra vez, para compensar este escrúpulo de exatidão que me aflige"
(p. 78)
"Na manhã seguinte não estava melhor, estava diferente. A minha dor agora complicava-se do receio de haver ido além do que convinha, deixando de examinar o negócio."
(p.109)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Dezembros.

E pensar que o tão aguardado dezembro chegou.
Sem ares de fim de ano, de "boas festas", de novidades.
Sem mesmo aqueles velhos ares de fim. Nem de recomeço.
Chegou pálido. Escondido. Encolhido. Anuviado. Acanhaaado.
Chegou como quem não tinha pressa de chegar.
Se vai sem perceber, sem querer, sem vontade de passar.
Trouxe muito papai noel de saco cheio desse ano que passou. E de saco vazio de esperança no ano que vai chegar.
Será que vai mudar?
O que veio de novo com ele, já parece antigo.
Estranha acomodação.
O que veio de velho já lavou os olhos, mas ainda não lavou as almas.
O que mais virá?
"Será que a sorte virá?"
"Será que a noite virá?"
Será que ela virá?
Será?

Marvin.

aqui peço desculpas pelo meu egoísmo.
pela minha insegurança.
pela minha fraqueza.
pela minha falha em não saber tomar uma posição.
falha, aliás, que me persegue desde o começo dessa história. e que eu sempre destaquei...
mas você tem a mesma mania que eu tenho de querer carregar o mundo nas costas e pensar que a culpa é sua e de mais ninguém.
talvez eu esteja errada, talvez seja você.
mas quem vai parar pra apontar pro outro e dizer "sai daqui, você tá errado."
nenhum dos dois vai fazer isso.
nenhum dos dois sabe fazer isso...

infeliz idéia que eu tive de escrever "aquilo tudo".
quem sabe se é assim que vai ser ou não?
quem sou eu pra achar que sei como vai ser a minha vida daqui a um segundo... que dirá daqui a um futuro tão distante?
prepotência demais de ser humano...
mania de querer ser Deus.
só quem sabe é Ele. eu não tenho que me meter.
posso imaginar... só isso.
mas quem garante?

"as coisas acontecem porque têm que acontecer".
se for pra acontecer, vai acontecer e pronto. o que quer que seja. a hora que for. só Deus sabe a hora certa. e Ele tem sempre razão no que faz.

então vai... se é o que você quer/precisa/deseja... vai, corre atrás de mudar tudo. todo o rumo da sua história. você tem mil caminhos pra seguir, sempre em frente. e tem o meu apoio. mesmo que à distância, só torcendo/rezando por você. saiba que pode/deve/vai contar comigo pro resto da vida!
você é uma pessoa muito importante pra mim e eu vou me lembrar de você sempre! com carinho. com saudade. com alegria. com admiração.

tudo tem sempre três vertentes. três lados. três saídas. mas a terceira você não vê. talvez por não querer. talvez por... sei lá. por não ter que ver, mesmo.

"sem desistir, nem tentar... agora".
a gente não sabe como vai ser no futuro...
a gente não sabe. não faz idéia. nem tem como saber.
mas pra que saber?

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Descrição.

A porta parece daquelas salas de detetives de filme antigo. A ante-sala também. Chão xadrez de quadrados largos em preto e branco. Uma luz fraca (daquelas que dão sono), um ventilador barulhento no teto baixo. Algumas cadeiras desconfortáveis. E escuras. Quadros de madeira escura e um espelho com uma imagem estampada em preto e cinza completam o ar sombrio da sala.
À mesa que fica de frente para a porta, uma figura tão sombria quanto o ar carregado da sala. Uma triste (e entristecedora) secretária se esconde entre pesadas agendas de marcação cheias de papéis soltos e um trambolho enorme, o aparelho mais moderno do ambiente: um fax.
Do outro lado da porta de madeira, tal qual naqueles filmes, se encontra a sala de tortura. De onde ela surge, vestida com um avental branco que tem seu nome bordado em cor-de-rosa-pálido no bolso. O cabelo liso armado. E um sorriso nitidamente forçado. Chama meu nome.
Respiro fundo. Me levanto. E entro.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

.sem título.

Palavras avulsas.
Corretas.
Mas usadas a esmo.
Cospidas.
Assuntos avulsos.
Trocados.
É da novela?
Não... do futebol.
E do noticiário.
"Você viiiiiiu??"
Elas também falam!
Não o que sabem.
Pelo contrário.
O que imaginam saber.
Sempre falam.
Quase nunca sobre o que sabem.
Mas sempre sobre o que acham que sabem dizer.
E eu?
Finjo que escuto.
Mas sempre ignoro...


=)

Convite de aniversário.

Mas eu nem te conheço.
Ah, então finge que conhece... festa é sempre festa.
É... festa é sempre festa!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Celeste.

O Céu se reflete nela.
Chora quando ela não consegue.
Se abre para vê-la sorrir.
O Céu se reflete naquela menina.
E tem andado como ela... chorando em vez de sorrir.
Sorrindo para não chorar.

Celeste.
Menina que brinca de morar nas Nuvens.
Que faz Arco-Irís na sombra da Chuva no Sol.
Que se ilumina pelo brilho das Estrelas.
Que se perfuma com o aroma das Flores.
Que se penteia pela vontade do Vento.
E se veste de Brisa do Mar.

Celeste.
Que inspira o Céu.
Que acende o Sol.
Que ilumina a Lua.
Que faz soprar o Vento.
Que faz brilhar as Estrelas.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Devaneios.

Sentada. Deitado. Viajantes.
Próximos. Distantes. Delirantes.
Devaneios. Anseios. Esperanças.
Imaginações.
Divergências. Discordâncias. Meios - sorrisos.
Silêncio...Verdades. Costatações. Declarações.
Devaneios?
Ah... pensamentos! Idéias.
Aliás, impressões.
Poucas palavras só pra não ser indiferente. Palavras...
Devaneios?
Deitada. Deitado. Viajantes.
Distantes. Próximos. Delirantes.
Impressões. Concordâncias. Declarações.
Surpresas.
Meros devaneios?

sábado, 29 de novembro de 2008

O que te aprisiona é que me liberta.
O que te angustia é que me acalma.
O que te assusta é que me tranquiliza.
(conflitos)
Como fogo e gasolina.
Combinações opostas.
Quase que encaixes.
Mas no final, ela é quem tem razão...
"Não deixe idéia de não ou talvez
que talvez atrapalha..."

Sobre livros e flores.

A magia de um sarau traduzida em palavras.
Como minutos de poesia antes de dormir.
"Pra temperar os sonhos e curar as febres."
E "inserir nas preces do nosso sorriso" novas sensações.
E associações.
Escritos para mim?
Não todos.
Mas quem me dera fossem escritos por mim.
Um dia serão.
Outros, não aqueles.

E as pétalas brancas como as nuvens
traduzem a paz que se quer encontrar
no final do dia,
quando se encerra a busca pelo pote
sem ouro, mas cheio de sorrisos
da felicidade
que mora no final do arco-íris.

Vermelho chuva.

Primeira nota: certeira.
Ela tinha razão.
Mais uma nota.
Abstrações.
Outra nota.
Uma troca de olhares.
Espera-se secreta.
Poucos entenderiam.
Mais ninguém além de dois.
Novas notas.
Olhos fechados.
Olhares contidos.
Se trocados a cada mudança, seriam percebidos.
Nó na garganta.
E do Céu caiu toda a água que insistia em permanecer nos olhos dela.
À última nota, um leve toque demonstrava identificação com aquelas palavras.
E ela pulou.
Gritou.
Cantou.
Tentou exorcizar.
Mas aquele pensamento não saía do lugar.
A corroía.
Ela não desistiu.
Mas também não conseguiu.
Se confundiu.
Ainda mais.
Mas ela sobreviverá.
Será?

Acerca dos arrependimentos...

Ela disse que se arrependeria.
Previu que isso iria acontecer.
Vive de fases, não sabe o que quer!
Não aprenderá -jamais- a desfazer laços.
Os quer -sempre- mais fortes.
A única certeza que tem é a de que não quer perder.
Porque não sabe.
E não suportaria tamanha dor.
Não iria querer aprender, aliás.
Mas o que será que ela ganha assim?

Ah, doce Menina...
Aprenda.
Contente-se.
Contenha-se.
Ou entenda.
Mas não deixe de se arriscar.
E se mantenha disposta a aprender a pedir perdão.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

As Nuvens do Céu.

A gente aprende que o Céu não depende das nuvens num dia como esse.

Nuvens negras.
Ar de chuva.
Mar de inverno.
Sensação de frio.
Trazendo apenas na lembrança as flores da estação vigente.
Entremeados, alvíssimos Castelos quase escondem um ensolarado Céu azul.

Baixas nuvens negras.
Dançarinas.
Brisa mansa que paira no ar.
Vento decidido que agita os cabelos da menina.

"Me sinto vivendo 'O show de Truman'.
Como se -literalmente- só chovesse em cima de mim."

Baixas nuvens negras.
Dançarinas.
Bailarinas.
Corredoras.
Sofredoras.
Que choram involuntariamente.
Incessantemente.
O que aquela menina não chora.
Mas sente.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Acerca de certas palavras...

A decisão foi tomada.
Doeu.
Dói.
Doerá ainda um tempo.
Também aqui.
E se achar que deve, rasgue.
Raspe.
Apague.
Delete.
Ignore.
Talvez até esqueça.
Mas nunca diga que nunca soube...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Cotidianos.

Curioso... pra mim, todas as velhinas do mundo inteiro são católicas. Que, depois de uma certa idade, curtem seus dias na Igreja com o terço na mão, nas missas ou em grupos de oração. Sempre louvando e agradecendo a Deus pelas suas vidas e pedindo pelos seus familiares.
E parece tão estranho quando não é assim...
Não sei... como sei alguma coisa no mundo estivesse fora do lugar.
E me dá uma vontade louca de querer consertar.
Mesmo que não esteja nada errado, só diferente.
Leva um certo tempo pra compreender que o mundo não segue os moldes que a gente quer.
E que nem tudo o que é diferente está errado.


_
Pais mais crianças que os filhos. Uma constante nos dias atuais.
Não sei se por opção ou falta de. Sei que há casos em que se vê até concorrência.
Mas o que se pode fazer?
Parece impossível reeducar o mundo, não?
Parece... mas será que é?

Conversa de olhos esbugalhados.

(Entre de papos -como sempre- tortos, mas antes da torta alemã.)

- Ele combina mais com você do que o seu, né?
- Deixa ele ouvir você falando isso, mãe.
- Mas é verdade, ele tem mais coisas em comum,
Você e o seu são muito diferentes, são dois pólos...
- É, mãe. Por isso que um é meu amigo, porque combina comigo, é parecido... e o outro é mais, porque me completa, tem o que me falta.
Se o meu fosse parecido, seria amigo. Não teria a mesma graça, entende?
- É... faz sentido.

(E pela primeira vez a menina teve razão...)

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Situações.

"Tem formatura hoje??
¬¬

_
- Boa tarde... três?
- Não, seis!!

_
"Aquele ali não e o filho do
Titio?"
As três olham.
Titio olha.
O.O

_
"Minha avó que fala: você só quer venha a nós, o vosso ventre nada!!"

(??? - o vosso
reino, não?)

_
Ele se estica.
Ela diz:
é irresistível.
Ele responde:
hahaha, eu não sinto cosquinha, não.
Ela desiste:
ah, então não tem graça.

_
"...do nada ela tava falando...
meu mariiido? Era um negão! Oh (gestos) desse tamanho!!! Pensa que eu sou boba? Sou boba, nããão... nunca gostei de branco, só negão!!"

_

- Não falei nada disso... não dei nome aos bois.
- Nãããão... tem que dar, tem que dizer.
- Nós somos as vacas, temos que saber!!

_
- Esse seu suco faz sucesso, né?
- (leve tapinha) A bunda dela também tá fazendo o maior sucesso.

_
"Sorry, eu não sei a diferença entre poste e muro!"

_
(telefone)
- É pra você,
Titia, atende lá.
- Não vou atender nada...
- Se for pra você, vou dizer que você não está.
- Pode dizer, não tô mesmo. Não é pra mim.
- Casa da Mãe Joana, boa tarde.
- A
Titia está?
(...)

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Fantasia.

Princesa dos Castelos de Nuvens.
De Algodão Doce.
Vida doce.
Cheiro doce que sobe do Mar.
E que desce do Céu.
E que paira no ar.


A revolta do Mar fascina. Põe brilho no olhar de menina.
Vontade de parar e ficar... sozinha.
Quietinha... a contemplar.

Temporais.

Nuvens negras.
Ventania.
Ciclones super tropicais.
E água jorrando do Céu.
Bonito de se ver, aliás. Apesar de assustador.
Água invasiva.
Incômoda sensação de impotência.
Fazer o que?
Dia que vira noite.
Hora que não passa.
Medo já não existe.
Só resta saudade.
E uma imensa vontade.
De voar.
Atração pelo caos? Talvez.
Paixão enlouquecida.
Amor pela Ira da Natureza.
(...)

_
E se a bruxa não encontra nem a sua vassoura, chama o irmão encanador que ele resolve.

_
Incomunicável.
Agora, sim, assustada.
Sem notícia alguma. De quem importa.
Coração apertado. Angústia. Desespero.
O lado ruim do prazer que vem do caos.
Vontade de gritar, sair correndo, buscar quem está longe.
Impotência...
E o Céu chora tudo o que incomodava desde as primeiras horas do dia.

_
Sincronismo siamês.
Quase como gêmeos, sempre simultâneos.
Amor eterno e infinito.
De irmão. De coração.
Alívio para a preocupação.
Rugidos de um vento voraz.
Arrepios.
Nada mais.
E toda vez que passa uma ambulância o coração aperta.
O passo acelera.
O pulso se fecha.
Olhar perdido, baixo, vazio...
E aquele calafrio vem arrepiar.
É quando a respiração pesa, o medo recomeça e a dor insiste em voltar.
Pior é quando não se tem a mão pra atravessar a ponte...

Mulherada.

Sons estranhos.
Vozes.
Alteração.
Excitação.
Exageros.
Incômodo.
Me permite sair correndo?
[Pior que a macacada é essa mulherada reunida...]


Fofoca.
Praga.
Comentário.
Estrondo...
Medo!
Assustadoramente simultâneos.


Especulação. Ponto alto.
Mais que a fofoca, reina a imaginação.


"Como é o nome dele?(...) Zumbi..."
Alergia.
Perda.
Tristeza.
Desânimo? Nunca!
É tempo de mudança.
Vida nova.
Decisões precisam ser tomadas.
Laços precisam ser refeitos.
Conceitos precisam ser revistos.
A hora é essa!
Não dá mais pra voltár atrás.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Censura. Exemplo. Mau exemplo. Constatação.

Censura.

Você pode me proibir de falar.
Pode me proibir de andar.
Pode me proibir de sair...
Mas não pode (e nem vai conseguir) me proibir de pensar.

Pensamento vivo.
Ativo.
Intinerante.
Pulsante.
Vibrante.
Delirante.

Que impulsiona os motores da imaginação.
É preciso registrar.
Pra não perder.
Não deixar passar.
E, mais do que nunca, não deixar enferrujar.
_

Arrogância e prepotência.
Nem sempre competência.
_
"Cada hora me dizem um troço e eu já nem sei mais o quê que é o certo, o quê que é o errado."
[2]
\o/ \o/
_

Definitivamente, variações de humor e, principalmente, na forma de tratamento não são exclusividade minha.

Espera.

"Só não esquece que dezembro tá chegando..."

Aliás, finalmente!
Ainda nem chegou, mas já começo a sentir falta...
Dos excessos;
Dos sons peculiares;
Dos vícios de linguagem;
Das alergias;
Dos traumas;
Das caras e bocas;
Das cenas marcantes;
Das conversas na salinha pequena;
Das pérolas impagáveis;
Do imenso prazer em contar as horas.
Foi uma experiência única, importantíssima. Um aprendizado enorme! Mas a saudade que vai ficar é pouca... é dos momentos raros... dos momentos em off.
Porque a melhor parte de um dia inteiro de cansaço é quando chega a happy hour. E fica melhor ainda quando ela se estende até o infinito, sem ter hora pra acabar...

domingo, 16 de novembro de 2008

A Estrela Solitária.

Queria ter postado ontem mesmo... talvez até ''em tempo real'' conforme os pensamentos, sentimentos e idéias iam vindo em forma de palavras numa das melhores experiências que pude ter nos últimos dias: a segunda ida ao Maracanã.
Ok. A primeira vez é inesquecível e incomparável. FATO! Principalmente, se for uma final de campeonato, com o seu time do coração vencendo um jogo sofrido e fazendo um golzinho só. Quase que como um gol de honra. [hahaha] Tudo bem que eu nem posso falar muito daquele jogo, porque eu só sei que o Bota ganhou do Flu e ponto. E que a bandeira que foi no teto do carro voltou embaixo do banco. Estava extasiada. Primeira vez no Maracanã, eu ia ligar pro jogo? Jamais! Até porque, pra falar a verdade, eu nem gosto tanto de futebol assim. :)
Pode até ter quem duvide, mas o Maracanã é uma das maiores manifestações culturais que existem! E é lindo! Sério... é de arrepiar aquelas incontáveis mãozinhas pra cima batendo palma ritimadas, aquelas vozes cantando tão juntas que parecem todas uma e aqueles bandeirões que descem e escondem as cabecinhas ansiosas por um grito: GOL!
Ah, que maravilha que é gritar gol! Só perde pra xingar o juiz. Essa, aliás, é a melhor parte. É xingando o juiz que você conhece o seu próprio vocabulário chulo e descobre que sabia muito mais palavras horrorosas do que você imaginava. [huahuahua] Mas é bom demais. Você extravasa TUDO!
Maracanã é sinônimo de catarse. Você se liberta de tudo, quase que entra em transe. [O.O]
O primeiro jogo é/foi/sempre será inesquecível! Mas o segundo me impressionou.
Comecei mal. Ou bem. Depende do ponto de vista. Fui infiltrada. [hahaha]
Jogo decisivo (ou quase. Enfim, não entendo de futebol e nem quero. Me divirto e já tá de bom tamanho.) para os dois times. Mais uma vez, eu num jogo do Fluminense, só que, dessa vez, a favor.
Até "fantasiada" estava. Impressionante, não me incomodei com as cores. [Não deu alergia nem nada. hahaha] Me senti até um pouco confortável.
Mas precisei me controlar... a vontade de cantar junto com a torcida era imensa, mas eu apanharia se cantasse as músicas que me subiam do peito: a alma é alvinegra. O coração é alvinegro. Emprestado tricolor, mas eternamente preto e branco. Me senti como uma estrela solitária naquele mar grená, verde e branco. Mas confortavelmente acolhida. Eu estava disfarçada, eles jamais saberiam.
Costumo mergulhar de cabeça nas coisas que abraço. Vesti a camisa e libertei a minha parte tricolor. Não cantei (pra não apanhar. Não conseguiria não cantar pelo Glorioso). Mas me senti parte daquele mar de gente em três cores. Sofri com eles. Me irritei como eles. Me empolguei com eles. Ri sozinha por diversas vezes observando ao redor. E gritei. Quatro vezes, gritei o grito de libertação: GOL! Mesmo no gol anulado, a sensação de gritar gol foi a mesma. Me senti da família. Mais: senti que dou sorte! Invicta no Maraca. \o/
O que mais me impressionou não foi nem o fato de eu me sentir à vontade. Foi a própria torcida, mesmo. É de arrepiar o amor que aquelas pessoas têm pelo Fluminense. Acho que eu nunca tinha visto um amor tão forte e verdadeiro por um time ou algo assim.
Fiquei encantada de ver o amor que o meu Amor tem pelo seu time. Até com um pouquinho de inveja, talvez. Daquelas bem saudáveis, claro!
Fui invadida por um sentimento novo. Não de paixão ou amor como aquelas não-sei-quantas mil pessoas em volta. Que não se compara ao meu amor pelo meu time nem ao amor dos tricolores pelo deles. Um sentimento sem forma, ainda. Mas tão bom quanto se fosse.
É contagiante!
E eu recomendo: vá ao Maracanã ao menos uma vez por ano.
Seja pra ver o show do seu time ou da sua torcida. Seja pra ver a ola que inunda todos os estágios daquele Maracanã lotado. Seja pra não ver nada debaixo de um bandeirão. Seja pra gritar 'gol' ou 'filha da puta'. Seja pelo que for: vá ao Maracanã.

sábado, 15 de novembro de 2008

Pensamentos.

Minha mãe falou que é porque a gente amadurece, mas eu acho que é porque a gente se distancia, mesmo.
No começo era tudo lindo, colorido, empolgação total... mas com o passar de um certo tempo, algumas coisas perderam o brilho, a cor, a animação. Ok, por outro lado, vieram outros tão empolgados quanto éramos naquele começo. Mas são outros, não os mesmos.
Esses novos serão sempre novos se comparados aos antigos. Todos queridos, sim, muito! Mas de forma diferente.
Será que amizade envelhece?
"Aprendi que crescer nao significa fazer aniversário".
Amadurecer não significa deixar de ser criança. Significa?
Deixar de ser feliz?

É... a gente amadurece.
Escreve melhor, fala melhor, sabe mais...
Mas o que faz feliz são os momentos em que a gente esquece tudo isso.
E vira criança.
E revive a infância.
E esquece que sabe escrever, que sabe falar, que sabe tanto.
E aprende.
Aprende a brincar, aprende a sorrir, aprende a ser igual. Não vê as diferenças.
É nesses momentos que a felicidade aparece. E só permanece se a gente não muda. Pelo menos com os mais próximos.

Dá tempo, ainda, de voltar atrás?

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Coisas.

Tem hora que eu me surpreendo comigo mesma. Que me pego pensando/fazendo/sentindo coisas que não eram minhas, mas que passaram a ser. Coisas que vão muito além das manias alheias que me invadem e se apoderam dos meus espaços ainda vazios de manias.
Ah, sei lá. Coisas que não têm explicação e nem exemplos palpáveis, convincentes ou plausíveis.
Sei lá... coisas.
Como a sensação de não sentir o tempo passar. Não conseguir mensurar quanto tempo passou ou ainda falta pra chegar a algum lugar. Ou a (simultânea) sensação de viver o presente e nada mais. Como se só existisse aquele determinado momento que se está vivendo: o irrecuperável AGORA.
Estranho... é como se os outros momentos (os antigos "agoras" que se foram) não existissem, fossem fruto da imaginação. Por mais que existam provas de que é/foi/continuará sendo tudo REAL, mesmo que num tempo já passado (e assim, NÃO MAIS existente) é como se nada daquilo tivesse realmente acontecido.
SIM, é estranho e parece irreal! Mas o que me conforta é que eu não sou a única. Em algum outro lugar desse Universo empoeirado de Estrelas haverá outro alguém tão estranho quanto eu que pensa as mesmas coisas.
:)~
E as sensações de deja vu [sem acentos para evitar erros -hahaha].
As sensações de momentos eternos.
As sensações de ser única no mundo.
As sensações de coisas inexplicáveis.
É... a vida é feita de coisas!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Descobrimentos.

Descobri que...

...eu sou transparente. Mais do que jamais imaginei poder ser.
...as pessoas não se despedem mais no telefone.
...eu combino mais com o Casarão que com a Cantareira.
...as aparências enganam. E muito!
...o que comanda é sempre no estilo "faça o que eu digo que faço".
...eu sou má. Que eu queria botar você numa coleira e levar pra passear.
...o meu medo às vezes é maior que eu.
...borboletas aparecem sem avisar.
...chuva de verão também lava a alma.
...te ver feliz também me traz felicidade.
...eu não sei muitas coisas que deveria ser a primeira a saber.
...eu nem sou tão curiosa quanto pensava.
...posso esperar um pouquinho mais de algumas pessoas, mas não mais do que elas podem -realmente- me oferecer.
...as aparências enganam. Muito. PUTAQUEPARIU!
...intimidade -definitivamente- é uma merda. :)
...eu sabia, só tinha esquecido.
...o que eu escrevo aqui não serve só pra mim.
...sempre tem alguém que entende o que eu escrevo só pra mim.
...eu sempre escrevo mais que os meus rascunhos.
...a minha imaginação não me deixa escrever do jeito que eu começo as coisas. [hahaha]
...eu também sou uma criança hiperativa.
...a Natureza é capaz de coisas que vão além da minha compreensão. E que o pôr-do-Sol é mais bonito logo assim que para de chover.
...pra algumas coisas, eu não tenho a menor paciência. Mas pra outras eu até que tenho.
...tem gente que não me escuta. Mas, em contrapartida, tem gente que adora me ouvir falar.
...o Casarão é minha referência pra quase tudo.
...meu All Star combina com tudo o que eu quiser.
...mesmo pequena, não preciso de muito pra chamar a atenção.
...eu aprendo rápido.
...eu sou maluca e invento coisas.
...eu adoro me divertir sozinha.
...sou uma velha e esqueço as coisas.
...eu me engano com muito mais facilidade do que pensei.
...variações de humor não são exclusividade minha.
...eu não sou a única louca que fala alto pela rua.
...o meu coração é maior do que eu.
...eu tô cada dia mais cara-de-pau.
...medos são extremamente superáveis.
...querer e fazer não estão sempre interligados.
...inspiração é um exercício. E que, quanto a isso, o Latuf tinha toda razão.
...eu demoro pra entender algumas coisas.
...as cadeiras vermelhas fazem muita falta no meio da minha seca semana.
...os meus dias podem ser maravilhosos se começarem e terminarem com um sorriso.
...escrever no ônibus depois de um pacote de bala de manga enjoa.
...parar no meio do nada pra escrever desperta a curiosidade alheia.
...nunca dá tempo de fazer tudo ao mesmo tempo.
...efervescências sinápticas não são eternas.
...os meus saltitos e pululadas são lindos. Pra quem gosta de ver.
...que bêbados são a alegria do mundo.
...os bêbados são os maiores filósofos da humanidade.
...eu só consigo escrever sobre um determinado tema no mesmo dia.
...eu não conhecia o Museu Histórico Nacional.
...eu sou maluca, sim. Mas vivo muito bem!

Combinações.

Porque tem coisas que não combinam com outras coisas. Quer ver?

- verde e rosa
- preto e branco
- queijo e goiabada
- pão e manteiga
- morango e chocolate
- pipoca e guaraná
- Arlequim e Colombina
- Rio de Janeiro e Carnaval
- Bahia e Micareta
- negão e HIP HOP
- dread e reggae
- mulata e Samba
- rasteirinha e Forró

(e tantas outras que me faltam agora... ah, memória traiçoeira...)
Duvida?Experimenta trocar...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Quereres.

Ah! Tantos...

Quis querer você, consegui.
Quis querer conhecer, conheci.
Quis querer convencer, convenci.
Quis querer ser, sou.
Quis querer fazer, farei.
Quis querer mudar -amém- mudarei!
(...)
Querendo liberdade.
Querendo dançar até o dia seguinte.
Querendo ver o Sol nascer.
Querendo pôr-de-Sol cor de laranja, meio rosado.
Querendo banho de chuva.
Querendo noite estrelada.
Querendo mais rede balançando.
Querendo o beijo do meu Amor.
Querendo um pote de sorvete.
Querendo um dia inteiro na praia.
Querendo um pouquinho de sossego.
Querendo férias. Apenas férias.
Querendo um abraço.
Querendo o seu sorriso.
Querendo não ter que ir.
Querendo fugiiiiir...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

~ Aprenderes.

Aprender que não se tem super poderes.
Aprender que não se pode abraçar o mundo.
Aprender que não se pode resolver todos os problemas.
Aprender que a vida não é sempre um mar de rosas.
Aprender que ajudar é, antes de mais nada, pedir ajuda.
Aprender que reconhecer fraqueza é o primeiro passo para ser forte.
Aprender que, muitas vezes, se erra antes de acertar.
Aprender que existe uma Força que rege o mundo.
Aprender que existe um Alguém Maior a quem se pode/deve recorrer.
Aprender que ser humilde não é ser pior/menor do que ninguém.
Aprender que tristeza é necessária em alguns momentos.
Aprender que felicidade não é o oposto de tristeza e não depende de alegria para existir.
Aprender a aceitar e acolher o que a vida dá.
Aprender a não esperar mais do que se pode/merece ter.
Aprender a tirar proveito de todas as situações.
Aprender que mesmo momentos ruins/difíceis/de dor trazem lições para toda a vida.
Aprender que um abraço e um sorriso podem salvar uma vida.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Contos de Aventuras.

Mais um dia nublado de Sol.
:)
Mais uma vez a senhorita "eu sou fodona" inventando uma loucura.
[Cara, que loucura maravilhosa.]

Sustentada pela loucura lunática do Arlequim, Colombina se aventura a seguir sozinha por caminhos nunca dantes percorridos.
E o dia segue mais ou menos assim...
Se despencando de um para o outro lado da Poça num 740-D sem (eu disse sem) ar condicionado pra tentar pegar um Sol que se escondeu dela o fim de semana/feriado inteiro...

[Pensa que ela desistiu? Jamais!!
Pegou Sol, só não pegou cor.
¬¬
Mas quem se importa? "Vida que segue" (e mais uma mania que invade espaços tranqüilos) para o senhor Sol fujão.]

...a ingênua Colombina acredita inocentemente num trocador-sem-mãe que a faz ficar no ponto errado.
Desesperado, Arlequim - literalmente- corre em seu auxílio. Esbaforidos se encontram. E seguem a primeira parte do caminho.
Matriarca supersimpaticamente recebe, acolhe e alegra Colombina.
Mais calma e segura, Colombina se despede do exemplo de Mulher que acaba de conhecer e segue seu novo caminho acompanhada de seu favorito Arlequim.
Algumas referências turísticas [como a rua do PH e a locadora] para eventuais necessidades futuras. Mais um ônibus. E um maaaar de areia e gente pela frente.
Ipanema. Posto nove. Devaneios. Viagens à Lua. Conversas loucas. Marolas invasivas. Filosofia à beira-mar. Canga inundada de areia. Mousse de maracujá.
Outro ônibus. Quase visita ao futuro. Passeios. Um lustre para o ilustre Alencar. Açaí (guardiã. Zum de besouro. Um imã. Branca é a tez da manhã.)!! Gabeira ou não Gabeira? Eis a questão... Mais alguns passos. Apressados e não. Menos um ônibus. Ponto. Espera. Conversa interrompida.
996 lotado. Em pé até descer a Ponte, uma Colombina mais leve, feliz e suja de areia volta pra casa sorridente a contemplar o anuviado pôr-de-sol.

(Detalhe: Açaí, Djavan)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Mantra.

Vontade é uma coisa que dá e passa...
Vontade é uma coisa que dá e passa...
Vontade é uma coisa que dá e passa...

[certas coisas a gente precisa repetir muitas vezes pra tornar realidade]


Vontade é uma coisa que dá e passa...
Vontade é uma coisa que dá e passa...
Vontade é uma coisa que dá e passa...


...passou!
=]

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Manias...

...de escrever.
...de cantarolar.
...de fazer pose.
...de rir sozinha.
...de vestir rosa.
...de ter manias.
...de perseguição.
...de verde e rosa.
...de falar sozinha.
...de ficar pensando.
...de roubar amigos.
...de pedir desculpas.
...de rir levantando o ombro.
...de copiar as manias alheias.
...de transmitir as minhas manias.
...de dizer que verde e rosa combinam.
...de anotar enlouquecidamente as coisas.
...de achar que toda frase de música é pra mim.
...de esquecer as coisas, fingir que não e postar assim mesmo só pra não deixar passar.
:)
"Acho que é
Bobagem
A mania de fingir
Negando a intenção"
(Detalhe: Um certo alguém, Lulu Santos)

Encantamentos.

...deixa assim.
Quem sabe alguém não fure o dedo como na roca envenenada e durma até o Príncipe Encantado aparecer.
Maldade?
Que isso, caridade!!!
Eu só não sei que Sapo vai querer virar Príncipe pra acordar esse tipo de "Princesa".

Cores.

Ah, se aquelas cadeiras vermelhas falassem...
Casarão, hoje, mais
rosa do que nunca (até a Gica percebeu). Mais até que o meu -já desbotado- cabelo.
Casa da Mãe Joana sombriamente dividida entre
pretos, roxos e perdidos liláses com um solitário e angustiante toque de indefinido azul...
Cigarros enfumaçadamente
cinzas.
E lá fora um Céu convidativamente
azul. Claro e limpo como as fofíssimas e brancas nuvens lembrando algodão-doce.
Um dia aceso e iluminado como a corrente
dourada que me acompanha do pescoço ao coração.
Mas mesmo mergulhada em tantas cores (como o Arco-Íris que surge do Casarão e se deita na Praia), ainda me parece que falta alg
uma...

Mania de perseguição.

Por que toda vez que a porta abre eu olho?
Toda vez que chego naquela Praia "procuro" em volta?
Toda vez que saio do Casarão olho pra trás?
Toda vez que avisto as cadeiras vermelhas tenho vontade de parar?

"...não sai da minha cabeça
e minha mente voa."
(Detalhe: Firmamento, Cidade Negra)

sábado, 18 de outubro de 2008

Loucos devaneios...

[]lendo um testimonial antigo escrito em quatro partes -porque eu nunca soube escrever pouco...

Engraçado... ri sozinha lendo isso e revendo -como num filme em sépia, meio piscando- todos os momentos. Como se tudo tivesse sido escrito para mim e não por mim.
Ri muitomaisainda quando virei o outro lado da folha e vi meu testimonial se tornar mais importante que uma lista de exercícios de Cálculo II-A.
>>hahaha =D
O mais triste nessa história é que, às vezes, eu acho que, hoje, já não consigo mais escrever um testimonial tão bonito e tão grande assim. Do tipo que emociona quem quer que leia tendo vivido -ou não- o que aparece escrito ali.
Às vezes eu acho que a correria do dia-a-dia e as milhões de tarefas e responsabilidades que a vida impõe me deixaram menos sensível e menos capaz de coisas que eu pensava jamais parar de fazer. Às vezes eu me vejo tão sozinha, mesmo no meio de infinitas pessoas que me cercam e fazem parte da minha rotina. Às vezes eu me sinto tão vazia, mesmo abarrotada de tarefas a cumprir de domingo a domingo quase sempre desde as sete da manhã. Às vezes eu me sinto tão perdida mesmo com um roteiro a cumprir traçado para o dia inteiro. Às vezes eu me sinto tão fria, mesmo fazendo um calor de 45° dentro e fora de mim. Às vezes eu me sinto tão seca, mesmo encharcada por uma chuva-de-verão inesperada que acabou de cair. Às vezes eu me sinto tão maluca a ponto de ser compreendida nos mais loucos devaneios que eu insisto em expor. Às vezes eu paro pra pensar e imagino que o mundo seja uma grande brincadeira. Mas outras vezes que o mundo seja uma caldeira que derrete corações desprevenidos. E desprovidos de amor, fé e esperança. Às vezes eu quero voltar a ser criança. Todas as vezes eu tenho medo de crescer.
E o medo é o que sempre me acompanha, me assusta, me apavora, me consome, me devora. E o maior medo que eu acho que sempre vou ter é o de acontecer o que mais me acontece: é o medo de perder.
Descobri que eu não sei desfazer laços, não sei me desapegar das coisas e -muito menos- das pessoas. Descobri que sou fraca. Sempre tive medo de ficar sozinha. Descobri que eu sou uma velha. Chata e coroca. Que reclama de tudo. Descobri que eu não posso deixar, simplesmente, a vida passar e as oportunidades me escorrerem como água pelos dedos. Descobri que a vida é uma só e que eu tenho que aprender a viver. Uma experiência de cada vez. Porque não se pode ter tudo. Não se pode ser tudo. De uma vez. Aos poucos, se pode -e se DEVE- ter e ser muito mais que um Universo. Se pode/deve ter e ser tudo aquilo o que se sonhar, o que se quiser, o que se fizer.
Aprendi que a vida é maravilhosa, é o que eu fizer dela e será sempre assim.
Percebi que eu sou, a cada segundo, mais feliz do que era antes pelo aprendizado de cada escolha que eu fiz.
Esse 'texto' parece copiado, mas nós sabemos que não é. Na verdade, foi quase psicografado, precisei reler pra saber o que escrevi. Só o que sei é que ele é reflexo de todos os textos que eu li e de todos os pedaços de vida que eu já vivi.
Reli algumas vezes, porque escrevi no Caderno, mas assim que terminei de escrever, antes de ler a primeira vez, me senti mais leve por ter escrito. Acho que precisava parar um pouco pra escrever assim. Por algum motivo que eu talvez desconheça, agora me sinto um pouco mais "eu" de novo.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Entre risos

Adivinha onde a Grande Família estava indo pagar uma promessa da Dona Nenê.
^^
_
"Garota, pára de ser submissa."
O.O
(Até você?)
_
"Eu acho que as pessoas podem ser sempre mais do que elas são. Mas fica só como horizonte, vocês não precisam, também, fazer tudo..."
_
Minha blusa, hoje, era verde pra combinar com o cabelo rosa.
E pra preencher um vazio.
Porque se o Casarão é menos cor-de-rosa sem mim, ele, certamente, é menos verde sem você.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Vontades...

Minha Vó sempre disse:
Vontade é uma coisa que dá e passa.
Descobri que idéia também.
xP

Idas e vindas.

A vida é feita de idas e vindas.
Ir e voltar no tempo, por exemplo, é uma boa oportunidade de não sentir saudade.
Relembrar algumas coisas faz tão bem...
^^
_
[Mas enfim... sei lá porque comecei a dizer isso.
Objetivo entortado.
Sempre que começo a falar de saudade acabo me perdendo.
Saudável. Absurdamente saudável.]
_
Resolvi ir e voltar no tempo só pra falar do meu All Star cor-de-rosa.
Ele bem que precisava de um bom banho há um certo tempo, mas depois de sábado... (coitado!)
Sábado, 04 de outubro de 2008. Rio Mix Festival - edição enlameada no Teatro Popular de Niterói (porque só vai ser Teatro Popular Oscar Niemeyer depois que o velho morrer. No Brasil, você não pode ser homenageado em vida.).
Reunir Marcelo D2, Natiruts e O Rappa em apenas uma noite já é um feito. Presenciar isso (e sair de lá sem usar drogas) é um ato heróico!
Me chama de Mulher Maravilha, eu fui e sobrevivi!
Depois de milhões de confusões por dois ingressos falsos (devidamente reconhecidos com antecedência, mas as pessoas não acreditam em mim...), pudemos -finalmente- entrar marola adentro e curtir os shows.
Saí cansadona. Me acabei (frase de múltiplas interpretações. Considerarei diferentes, tenho certeza!).
E meu All Star, coitado... ficou mais acabado do que já parecia estar. Antes cinza, dessa vez PRETO! Horrenda e descaradamente sujo. Pisado. Molhado (nem quero pensar de que). Cansado.
Mas vivo. Firme e forte. Meu All Star nunca me abandona!
E pensar que eu não dava nada por ele quando o vi a primeira vez ("Mas, Vó... é rosa?).
Só pra agradecer por todas as ocasiões memoráveis pelas quais passamos juntos e dizer que, agora, ele tá limpinho.
Só não tá branquinho... porque sempre será cor-de-rosa.
;)