terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Poesia noturna

O céu azul do dia se foi
O escurecer se aproxima
Caminhos se confundem
no breu da noite
embaçada pelo sereno.


A luz que vejo vem do luar
E dos pensamentos que me levam
a você
As cores que me cercam são da
noite que sorri
E das estrelas que me olham
E da lembrança de você

A cor do esmalte

Ameixa,
deixa
tua mão na minha mão.
Não aceito “não”,
só motivos para o coração.
Então vem,
os meus lábios nos teus lábios sem
juízo nem direção, só bem.
O meu corpo no teu corpo, vem
sem pressa, na contra mão, também.
Vem comigo que tá tudo zen.
Fora da multidão
eu me perco nas tuas curvas,
métricas,
cheiros longos cheiros
nessa noite sem regras,
definições,
simbologia,
medo de tremor,
torpor de tua boca
santa,
profana…
Meu bem,
vem sem pressa, vem comigo, vem.
Deixa tudo pra trás, meu bem.
Eu te quero na minha vida, bem
pertinho, carinho, também.
Você e eu, os anjos dizem amém.


Parceria com o querido amigo Carlos Valença.

Sopra teu gosto

Profana
em teus segredos
perdidos
no tempo não vigiado
onde nos escondemos…

Pandora
com a caixa aberta
desperta
desejos escancarados
roubados
lançados ao vento
atento
releio teus traços
espaços
aos quais não pertenço

Então penso
em nós
nus
ao luar
para amar até nos momentos perdidos
pela multidão
dopada sem amor
como o que vivemos

Queremos
um ao outro.
Devemos
momentos intensos
à lua
que é minha e tua.
Alma nua
e desejos,
imensos beijos.
E carne e corpo e suor.
Nada é maior
que o amor.

Esse amor pleno
de infantil desejo
da lua amorosa
da noite sem cortinas
que nossa infância reviveu.

Parceria com o querido amigo Carlos Valença.