segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

~ o telefone

Desligou o telefone e o ficou encarando com olhar fixo. Sem absorver o que olhava. Estava escuro. E, mesmo que não estivesse, não prestava atenção ao que seus olhos viam, apenas fixava um ponto e tentava não pensar.
Aquele era o tipo de ligação de que não gostava quando acontecia. Sentia preocupação e uma ponta de dor naquelas palavras.
Não sabia o que poderia fazer à distância. Ou mesmo que estivesse perto.
Deu-se conta de que olhava para o nada com o telefone ainda aceso nas mãos.
Piscou, retornou àquela realidade escura, virou-se e tentou dormir.
Com o coração ainda apertado, pegou no sono. Mas deixou os sonhos guardados para uma próxima vez.
Merecia, apenas, tentar descansar de tudo aqulo que invadia sua alma.