sábado, 15 de janeiro de 2011

O beijo.

Foi só um beijo. Não tocaram sininhos nem choveram estrelas. Foi só um beijo. Que até já se conhecia. Mas, ainda assim, pareceu diferente. E era. Era novo. Era a marca do fim. Era um fim iminente, esperado, aguardado.... e, por que não, desejado. E seria um divisor de águas. Suas vidas se dividiriam em antes e depois daquele beijo. E assim aconteceu. Antes eram os melhores companheiros, depois mal se viam. Antes eram só sorrisos, depois trocavam farpas pelo olhar. Antes eram cúmplices, depois inimigos mortais. Suas vidas foram marcadas por aquele gesto, aquele beijo, aquele momento que desejariam jamais ter vivido. E tudo o que eram um com o outro se desmoronou como um castelo de areia atingido pelo mar. Nunca mais se reconstruiu. Nunca mais seria igual. A menos que outro gesto os libertasse para outra vida.