terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Apaixonado.

O perfume que sinto não é da flor,
mas dos cabelos que ela adorna.
O gosto que sinto não é do beijo
que nunca tive, mas da vontade.
O toque que sinto não é o dela,
mas da brisa que me afaga na solidão.
Apaixonei-me. Mas não por ela.
Sim pela sua alma, sua aura clara,
pura e leve. Pela ilusão de tê-la.
Apaixonei-me pela sua leveza.
E por todo o sentimento que eu
viveria se alimentasse, por ela, paixão.

Aos pedaços.

É estranho, mas acontece comigo algumas vezes.
Antes, acontecia algumas vezes por dia. Depois, por semana. Depois por mês. E agora me acontece esporadicamente. Mas nunca deixou de acontecer.
É uma sensação estranha que me acomete.
Dizem que tudo o que somos veio de pedacinhos do que são os outros.
Bom, tem um pedacinho meu aqui gritando que veio de você. E que sente falta dos outros tantos pedacinhos que ainda permanecem aí.
E tem um espacinho aqui sentindo falta do pedacinho que tá aí. E reclamando, aos berros, que assim não dá mais pra ser.
Não tenho muita certeza, mas acho que seria bom adiantarmos os relógios para o tempo do ócio. Não sei você, mas eu não aguento mais essa porra dessa saudade me ensurdecendo...
[01/12/09]