terça-feira, 28 de abril de 2009

Solitária Sensação

"O mundo está ao contrário e ninguém reparou".
Só ela. Desde bem pouco tempo, tudo começou a desandar. É como se o mundo cor-de-rosa em que ela vivesse tivesse caído. Bem na cabeça dela. E nada pudesse dar forças para sair dos escombros.
Desânimo. Desconcentração. Desalinho. Desemprego. Desilusão. Desespero. Depressão.
Por trás da máscara de fortaleza invencível e inabalável, mora um coração frágil, carente e sensível ao menor pesar.

As pessoas ao redor não compreendem... como aquela fortaleza pode se dissolver? Como aquele sorriso pode perder o brilho? Como aquela risada pode perder a voz? Como aquele rosto pode perder a luz...?

É noite. Venta. Faz frio. Na escuridão do céu, cintilam raras estrelas. Um violão dedilhado ao longe ecoa notas tristonhas. Pessoas passam. Ela as vê, cumprimenta, conversa... mas mesmo antes de voltar a escrever (de cabeça baixa, mas ouvidos -e sentidos- atentos) se sente só.


Tudo tem dado errado... mas apesar de saber que -um dia- sua sorte vai mudar, ela tem lutado pra não perder as forças nem deixar de acreditar.