quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O Casarão

Era um lugar mágico. Atraía a atenção de crianças e adultos já do lado de fora. Suas vitrines coloridas e iluminadas fascinavam os transeuntes e os convidavam a entrar e conhecer um mundo de fantasia criado dentro de uma enorme casa.
O Casarão, como era conhecida a Loja de Brinquedos da Rua das Flores, tinha dois andares de salas amplas e repletas dos mais variados tipos de brinquedos dispostos em prateleiras reluzentes. Suas paredes cor-de-rosa harmonizavam perfeitamente com as portas, janelas e grades das sacadas. Todas verdes.
O jardim da entrada era composto por flores de todas as cores e árvores frondosas que faziam sombra para os banquinhos de madeira em que muitos poetas se sentavam para ler ou escrever poesias bonitas.
Uma brisa suave perpassava todo o espaço. Pedia licença ao jardim, adentrava pelas portas e janelas e invadia, com toda a sua leveza, as salas em que se encontravam os brinquedos. A brisa trazia o encanto de dançantes borboletas e o perfume de todas as flores para dentro do Casarão.
Ao final do dia, como em toda Loja de Brinquedos que se preze, seus moradores ganhavam vida, saíam de seus lugares nas prateleiras de prata e tomavam os salões. Bailarinas faziam ponta, Soldadinhos de Chumbo marchavam, Bonecas brincavam de roda, Palhaços faziam malabarismos, Macaquinhos pululavam no Sótão... tudo era aleria!
Nesse Casarão, a magia tomava conta de cada partícula que lá se encontrava. E alguns brinquedos faziam mais do que brincar...

[continua...]

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