sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

futuro líquido.

Fui olhar na janela, ver o ir-se do sol atrás do morro e sentir a pouca brisa que corre nessa época de calor.
Perdi o foco.
Olhar o céu me faz lembrar você.
Além do mar (e da caixa eletrônica), é o único meio que me leva a onde vocês está.
Dessa vez, o céu foi traiçoeiro.
Pintado com nuvens, formou um enorme coração.
E, desmanchando-o ao soprar do vento, o transformou numa forma semelhante a um pequeno ser humano.
Como que recém concebida, aquela pequena forma me remetia a um tempo distante, ainda nem vivido. Nos vi felizes e orgulhosos do começo que vivíamos: o começo de uma nova vida.

Vovó chamou pra jantar e tive que voltar à realidade atual. Mas fechando os olhos ainda posso sentir seu abraço de pai e o cheirinho de ser mãe.

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