sábado, 27 de novembro de 2010

Carta para o velho, antigo e ultrapassado.

Queridinho,

Te odeio como antes.
Mas já não quero mais reatar ou fingir que nada aconteceu.
Não adianta, cada passo que tento dar a frente é como se você me empurrasse abismo abaixo sem tempo de voltar atrás.
Te odeio mais que antes.
E é uma raiva tão latente que me ata os pés e mãos e venda os olhos e não permite esquecer.
E a impressão que eu tenho é de que você acha tudo isso divertido e não vai parar até o fim.
Só que o fim está próximo.
E você, no seu ofício de ofender e discordar, não pode perceber.
O fim está próximo.
O jogo acabou.
E foi você quem perdeu.

Com um restinho de pena e todo o meu desdém,
A Dona da História

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