sábado, 29 de novembro de 2008

Vermelho chuva.

Primeira nota: certeira.
Ela tinha razão.
Mais uma nota.
Abstrações.
Outra nota.
Uma troca de olhares.
Espera-se secreta.
Poucos entenderiam.
Mais ninguém além de dois.
Novas notas.
Olhos fechados.
Olhares contidos.
Se trocados a cada mudança, seriam percebidos.
Nó na garganta.
E do Céu caiu toda a água que insistia em permanecer nos olhos dela.
À última nota, um leve toque demonstrava identificação com aquelas palavras.
E ela pulou.
Gritou.
Cantou.
Tentou exorcizar.
Mas aquele pensamento não saía do lugar.
A corroía.
Ela não desistiu.
Mas também não conseguiu.
Se confundiu.
Ainda mais.
Mas ela sobreviverá.
Será?

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