quinta-feira, 29 de abril de 2010

La Zingara

Pele morena. Longos cabelos negros. Olhos verdes.
Vestido e lenço de seda vermelha dão vida aos movimentos suaves de sua dança. Argolas, anéis, colares e pulseiras de ouro seguem o ritmo da música que ela acompanha com os pés descalços.
Ela não pertence àquele lugar. Aquela praça é apenas passagem no caminho da bela moça.
Ela não pertence a lugar nenhum. Veio das montanhas e segue em direção ao horizonte. Ela segue as batidas do seu coração e caminha... caminha para nunca mais voltar ao ponto de partida.
Quer se encontrar. E só vai parar de caminhar quando estiver no lugar a que seu coração pertencer.
Lê o destino dos passantes na palma de suas mãos e dança para conseguir algumas moedas afim de continuar o seu caminho.
O que a bela moça não sabe é que o brilho de seus olhos e o movimento dos seus pés e quadris encanta os homens que a vêem dançar.
Do Arcebispo ao soldado do Rei, todos desejam a oportunidade de passar ao menos uma noite ao seu lado. Mas, de todos os homens que a cortejaram, somente por um o coração dela bate mais forte. Aquele que foi coroado tolo diante da cidade, aquele que é diferente, aquele que nunca foi amado... aquele que soa os sinos do alto da torre.

2 comentários:

Carlos Valença disse...

Voa... rodopia... procura...
Entra pela multidão, mas é coração solitário.
Dança... movimento da alma em procura.
Agoniza em pulsar de amor por aquele oculto,
Que somente os sinos e gárgulas conhecem,
e gente de carne e osso ignoram.
Quasímodo (aquele que quer ajudar ao menos favorecidos e quer encontrar a solução para os flagelos da humanidade), ainda está torto, como o Dirceu, mas no momento certo libertará as asas, se libertará para viver o amor com, por, para ela...

Só pare de voar (dançar) quando atingir o céu.

Marcello Vieira disse...

DURMAAAAAAAA ESMERAAAAAALLLDAAAAAAA!